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Caixão de casal vítima do acidente da Voepass é unido por fita branca com alianças

Caixão de casal vítima do acidente da Voepass é unido por fita branca com alianças; os corpos eram da fisiculturista Daniela Schulz Fodra e do policial Hiales Carpine Fodra

Caixão de casal vítima do acidente da Voepass é unido por fita branca com alianças - Reprodução/RBS TV

Duas das 62 vítimas do acidente aéreo da Voepass foram veladas na última segunda-feira (12). Trata-se do casal, a fisiculturista Daniela Schulz Fodra e do policial rodoviário Hiales Carpine Fodra. O velório aconteceu na cidade de Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, cidade natal de Daniela.

No velório, uma fita branca com as duas alianças uniam os dois caixões do casal. Alguns parentes dos familiares prestaram homenagens. "Se a gente soubesse que aquele abraço seria o último, teria ficado mais tempo com ela abraçando... Mas eu acho que foi bom 'ter ocorrido' essa viagem porque foi a nossa despedida, e foi muito bom, porque a gente aproveitou cada momento com eles", disse a irmã da fisiculturista, que havia visitado Daniela há pouco mais de 10 dias.

Fátima Corrêa, madrinha da fisiculturista contou: "Quando ela conheceu o marido dela, o Hiales, eu trabalhava no hospital de telefonista. Nunca me esqueço que ela chegou lá em um sábado de tarde com ele e disse: 'dinda, vim trazer meu namorado pra ti conhecer'".

Daniela e Hiales moravam juntos há 5 anos, no município de Ubiratã, no Paraná. Ambos embarcaram no ATR-72 da Voepass para seguir em viagem para os EUA, onde a fisiculturista iria participar de uma competição.

BOMBEIRO CAUSA ESPANTO AO REVELAR ESTADO DAS VÍTIMAS DO ACIDENTE

As autoridades já retiraram todos os corpos das vítimas do acidente da Voepass, desde a última sexta-feira (9), dia da tragédia. O Instituto Médico Legal (IML), segue avançando na identificação dos passageiros e que os restos mortais sejam enviados para as famílias. Mas o bombeiro Maycon Cristo, fez uma revelação que causou espanto nas pessoas. Ele contou como estavam as vítimas na hora da retirada em meio aos destroços da aeronave.

"O avião caiu como se estivesse chapado no chão. Então a gente tem o desenho da aeronave no chão. A gente consegue fazer a identificação por fileiras, da cabine para a cauda. Conforme a gente localiza uma fileira, retira, identifica todos, parte para a próxima. Todos os corpos estão como se estivessem sentados nos assentos. Lógico que tem a dinâmica da queda, a dinâmica do movimento de quando bate no solo, mas as vítimas estão dentro desse organismo da aeronave, não tem corpos ejetados", disse ele ao site Metrópoles, e completou: "A parte da frente da aeronave teve um dano menor na queda. Então a gente conseguiu, de uma maneira não tão difícil, retirar os primeiros corpos", disse Maycon Cristo em declaração à imprensa.